segunda-feira, 2 de março de 2015

A minha única parte humana...


És como se a única gota de vida escorresse pelo ralo. O olhar perdido sem luz, o cheiro sem nada sentir, o tato sem nada se empolgar... Não ter a razão de sorrir, se esforçar para que nenhum olhar amigo perceba. Se esconder em um profundo sentimento, sem nada sentir. 
Não ter, não sentir. Me apavora, me destrói. 
Eu não quero esquecer quem me fez sentir viva. Isso não acontecerá...não apagará e nunca me deixará.
Percebi que palavras inúteis são estás, mas expressar o que sente sempre foi a dor mais violenta. Entre as lembranças a respiração ofegante me atrapalha escrever. O sentimento, a dor, a angústia, as lágrimas e a vontade de berrar, de me sentir bem mais um vez, sem ser ao seu lado. Eu quero sentir o prazer de respirar, de estar viva...
...cadê a minha humanidade? 
Ás vezes meu corpo cansa, minha mente descansa, meus olhos se fecham, e aquele sorriso, aquele olhar me acorda ao seus braços. Os olhos abrem e a ilusão de que tudo poderia ser meu para sempre se desfaz sem ao menos deixar uma pista de quando vou deixar você partir.
Mais uma vez aqui, eu esperava fechar meus olhos e sentir de novo algo que me fizesse viver como quando estava com você.
O adeus sempre é e será uma coisa difícil de encarar...
Alice não é nada forte nesses momentos, talvez não devesse pensar, mas agora tudo está .....difícilmente sem você.
O pensamento rasga meu peito, perfurando até cutucar, segurar e arranca meu coração, depois devora-lo, assim nunca mais serei humana e isso servirá de vingança para minha mente e coração completamente em coma.


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