segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Amargamente, cruel.


-Não adianta, essa tortura idiota. gritei absurdamente enlouquecendo.
Rangia os dentes, querendo chorar.
-CHEGA! grite novamente.
Nada, apenas o uivo do vento que tocavam minha alma. O cheiro de chuva me ardia os olhos.
Meu coração o amava, amava tanto que eu poderia mata-lo, por ódio, vindo de um buraco tão mal preenchido por ele, dentro de mim.
-MALDITO, gritei deixando-me rouca, por ter gritado por dias seguidos.
Minhas asas, presas. Meus pés amarrados.
-ISSO TUDO É PORQUE SOU UM MONSTRO? berrei sem forças.
Significa, dias sem comida e sem água. sozinha, sem ninguém...
Porém eu sabia que estava me ouvindo, que estava em algum lugar me observando.
senti cheiro, o cheiro de minhas flores favoritas.
-As que eu tanto amo, murmurei
Elas caiam de uma grade presa ao teto daquele calabouço... O sol nascia.
-NÃO QUERO ESSAS FLORES DESPREZÍVEIS. Menti, chorando.
Minhas mãos sangravam, pelas minhas tentativas de querer fugir, de ser livre.
-Eu senti sua presença, sabia que estava aqui.
Eu queria no fundo ser morta por ele. Eu não queria mais aquele amor sujo.
Ele se aproximou com velocidade, agarrou meu pescoço e cheirou meus cabelos.
Senti uma gota cair em minha mão esquerda. Olhei para o rosto dele, ele chorava. Depois me deparei que eu também chorava.
Apertou meu pescoço, mais, cada vez mais. Até o ar sumir e o coração pulsar forte. O meu corpo latejava.
-Estou feliz... Minha voz saiu do jeito mais asqueroso e arrepiante.
Ele me soltou de imediato, olhando suas mãos. Logo em seguida fixou seus olhos nos meus.
-Estou agoniado Alice, seus olhos me despertam a fúria de quere-la levar a morte. Porem me sinto fraco perto de você transformada nesse MONSTRO.
-SANGRE MAIS, RESISTA MAIS. ele gritava.
- Eu não quero seu amor, continue com sua tortura, gritei.
O tapa na cara, foi obrigatório depois dessas minha palavras. Eu não sabia o que ele realmente sentia por mim, não sabia o que ele queria.
Ele abaixou-se e encheu suas mãos de sangue, o meu sangue que estava espalhado ao meu redor.
Em seguida provou.
- É tão forte, tão atraente, excitante e único o que eu sinto por você.
Todos esperam por um momento especial. E aqui estou eu, esperando que me ame, que me queira, que sinta o mesmo que eu sinto por você. Não importa, não importa que eu morra em seguida!
-NÃO, SAI DAQUI, ME DEIXE EM PAZ. eu gritava.
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-Este é o Louis, Alice.
É o homem que irá amar, mas se demonstrar sentimentos por ele, ele não sobreviverá!
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-Por favor, saia daqui. murmurei.
No fundo eu não queria que ele fosse, eu queria mostrar o quanto amo-o. Ele agarrou minha cabeça e puxou para seu coração. Em seguida sussurrou:
-Eu quero seu carinho, seu amor. Não quero mais ter que maltrata-la.
O problema é que eu o amo tanto que se eu corresponde-lo, ele morrerá.
-SOLTE-ME. gritei
E então em suas mãos estavam duas facas.
Ele atacou uma em meus pés e disse:
- Então terá que escolher.
Eu não entendia.
-Se você não me matar por amor, eu me matarei.
Eu fiquei sem ar, sem reação.
-Venha aqui Louis, me abrace. sussurrei
Ele arregalou os olhos.
Ele soltou minhas correntes e me abraçou. Nossos corações gritavam de dor, a morte se aproximava. Eu tinha decidido, eu o mataria por amor e morreria em seguida.
-Louis, Se o vento levasse a tristeza para o longe e se os raios de sol secassem nossas lágrimas. O sofrimento se espalharia, para outros.
Eu te amo, não queria que nosso fim fosse esse. E essa noite os anjos choraram. Alguns berros iremos escutar. Mas só os nossos corações seram correspondidos.....
Ele juntou seus lábios nos meus.
Despertou-se algo dentro de mim, mas percebi que ele lutava contra a dor dentro dele.
Sua paixão, era tão absurdamente real. Mas eu tinha medo, eu o amava por uma maldição, porém eu era correspondida pelo mesmo sentimento. Ele sempre me amou com a mesma intensidade. Mas será que se essa maldição não existisse eu o amaria assim?
Minha resposta foi sim, ele me beijava, chorava e meu coração ardia.
E então ele se atacou ao chão não suportando mais a dor. Eu apenas o olhava com lágrimas escorrendo sobre meu rosto
- Alice. ele sussurrou.
Depois continuou lutando contra a dor me dando um ultimo beijo forçado.
Essa é a minha hora para acabar com a dor dele. Perfurei meu peito sem ele perceber.
A dor era opcional...
Foi ai que senti outra lâmina em minhas costas.
- Você me matarás? murmurei sem ar.
-Por amor Alice... ele respondeu sem forças.
Ele arrancou a punhal das minhas costas. Colocou-me deitada perto das rosas, e deitou-se ao meu lado com a mão em meu coração.
Foi quando ele percebeu a lâmina em meu coração.
-Você queria morrer junto a mim?
-Achou que eu ia fugir depois que você se fosse? eu disse com esforço.
-Alice eu te ...
ele não terminou, foi ai que senti falta de sua respiração funda e forçada.
-Louis? NÃO, louiiis, louis... LOUIS.
O sangue jorrava do meu corpo. Eu só conseguia o olhar.
Até tudo escurecer.
-Acho que não sou mais o seu monstro, louis...




O cheiro de sangue tomou conta do calabouço...


Agradecimentoooos:

Queria muito agradecer dois amigos que acompanharam a criação da estória!
Luan e gabriel ( Dois amigos especiais!)

Obrigadaaaaaaaaaaaaaaaaa <3 amo vocês!

3 comentários:

  1. Betinha, continue escrevendo, vc tem o dom das palavras que a poucos foi concedido. Não pare de escrever NUNCA =*

    @EnzoCamurca

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  2. muito bom,o melhor que eu li até hj,parabéns.

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  3. Lindo,lindo e lindo *-*
    By: Evy

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