quinta-feira, 10 de junho de 2010






















-Que som é esse? sussurrei.
Vem daquela casa, abandonada!
Cada passo que eu dava em direção à casa, meu coração batia cada vez mais rápido.
Encostei a mão na porta e deslizei até a maçaneta da porta da frente. Antes de gira-la fechei meu olhos e respirei fundo, e girei...
Estava aberta, e aquele som de algum instrumento me deixava hipnotizada. Eu estava com uma vontade enorme, mas de que? vontade de que?
-Que estranho, murmurei.
Botei um de meus pés no primeiro degrau da escada. Minha alma estremeceu.
Comecei a subir, cada vez mais rápido. Era uma linda escada espiral...
Ao chegar no andar de cima, havia um corredor gigantesco, cheio de quartos.
Fiquei desesperada, o som fazia eco e eu não conseguia achar de onde vinha. Comecei a correr desesperada pelo corredor. O som cada vez mais alto, e ouvi uma porta ranger... Sim ali estava!
Era um belo moço de cabelos pretos e vestes pretos. Seu instrumento era um violino e seus olhos amarelos brilhavam como olhos de gato.
Naquele escuro e silêncio mórbido, eu começava a sentir medo!
Que estranho, quando comecei a sentir medo, ele parou de tocar seu violino.
Fechei meus olhos e meu corpo começou a tremer.
-O que está acontecendo? sussurrei
Dei uns passos para trás fechando meus olhos cada vez mais forte, encostando minhas mãos na parede.
Que som ? Que som é esse agora? murmurei.
Era o som de um piano. Era uma musica, um som que me fazia gelar. Aquela não era uma noite fria, nem chuvosa. Estava um lindo luar que clareava a cidade.
Minhas pernas tremiam, caminhei até a porta do quarto. Lá estava ele de novo, mas agora tocando o piano. Aquele som que meu coração sentia era tão forte, impossível de explicar. Eu já não respirava muito bem, meu mundo havia parado quando ele parou de tocar os dois instrumentos. Corri até lá, o encarei um pouco e tentei tocar o belo moço, mas tinha algo de estranho. Eu não conseguia...
Voltei ao corredor e comecei a respirar melhor...
Tampei meus ouvidos me ajoelhando, eu queria muito que a musica voltasse.
-Só quero ouvi-la novamente, sussurrei
comecei a ouvir um zumbido, destampei os ouvidos e os dois instrumentos estavam misturados em uma musica perfeita. E quanto mais bonita a musica, mais meu coração se assustava, e quanto mais rápida à musica mais rápido batia. Cada vez mais e mais. Até ela parar.
E aquela casa, aquela casa sombria, escura e medonha se tornou meu lar!



Créditos
Queria agradecer ao Lucas L. , uma pessoa muito especial pra mim. Que me ajudou a terminar este texto.
Obrigada Lucas por me ajudar em momentos difíceis e se preocupar comigo!
Muito Obrigada! ^^


5 comentários:

  1. Que textinho Bonito!
    Continue assim! Tá muitcho bonno, Dona Beta!
    Beijão linda!

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  2. Seus cenários românticos presentes como o centro dos seus textos me trazem a sensação dos romances grandiosos e líricos. O texto se constrói como uma poesia que flui rumo ao ápice que nunca chega. Sempre haverá o "continua" para mudar o rumo romântico da história, assim como na vida real... o fim sempre é distante.

    beijos.

    Lucas

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  3. Linda estória! ^^
    Vc escreve mto bem.

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  4. beta, acho que desses quatro anos em que te conheço, de todos as historias e dos finais que você ja escreveu... este foi, o que me fez sentir flutuando sobre as palavras. estou pasma, esta historia esta tao perfeita que chega a ser bizarro (no bom sentido)

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  5. liiindo o texto mesmo, esta de parabeens.. e os desenhos tbm amor

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